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Licenciatura em História

O Curso de Licenciatura em História da Unifesspa estabelece o compromisso com o desenvolvimento da compreensão da região como um espaço historicamente construído como o seu principal objetivo, bem como da estreita relação com a Educação Básica. O contexto sociohistórico da Amazônia Oriental brasileira e, particulamente, da mesoregião sudeste do Pará constitui a base material e imaterial de enraizamento do curso de História. Dentre suas funções, ele deverá cumprir o papel da formação histórica para a ampliação das perspectivas da(s) consciência(s) histórica(s) que oriente o agir dos grupos sociais no contexto dos conflitos e da diversidade social, cultural e ecológica que caracteriza a região, tendo como horizonte a sustentabilidade, os dirietos humanos e a cidadania plena.

O curso será desenvolvido na modalidade presencial, regime seriado, com duração de quatro anos (oito semestres). Ele está composto por dois núcleos: o Núcleo de Formação Histórica e Historiográfica e o Núcleo de Formação Docente. O percurso curricular do Curso fundamenta-se na formação para o entendimento das questões amazônicas, de modo a formar profissionais engajados em seus processos de auto(trans)formação, da produção acadêmica para a transformação da realidade e da constituição e reforço das identidades e capacidades propositiva, investigativa e criativa.

 

DIRETRIZES CURRICULARES DO CURSO

Fundamentos Epistemológicos, Éticos e Didático-Pedagógicos

A relação universidade e formação de professores de história, tendo como pressuposto a articulação com a educação básica e com a sociodiversidade regional, deverá orientar-se pelos princípios: (i) da indissociabilidade de ensino, pesquisa e extensão; (ii) da diversidade epistemológica do mundo; (iii) da diversidade de tempos-espaços-relações formativas.

A práxis constitui-se num dos fatores determinantes da ciência da história (RÜSEN, 2007). Isto quer dizer que ela visa produzir efeitos sobre a vida prática, especificamente na função de orientação do agir humano e que, portanto, o conhecimento histórico visa produzir efeitos nos processos de aprendizados. Nesta perspectiva, a formação histórica é uma categoria da didática da história, entendida como o conjunto de competências simultaneamente relacionadas ao saber, à práxis e à subjetividade. A didática da história refere-se à ciência do aprendizado histórico, isto é, trata-se da “contribuição da ciência da história para o desenvolvimento daquelas competências da consciência histórica que são necessárias para resolver problemas práticos de orientação com o auxílio do saber histórico” (RÜSEN, 2007, p. 94). Assim, a formação histórica como processo complementar e dinâmico – contrário ao ensino de história como “didática da cópia” – inclui a reflexão sobre as regras e os princípios com que as ciências organizam categorialmente sua relação à experiência (à totalidade), à práxis (ao agir) e a subjetividade (aos seus sujeitos).

O debate sobre a educação histórica no Brasil é recente, mas apresenta-se como uma contribuição para se enfrentar o risco da dissociação entre especialização (formação teórico/intelectual) e profissionalização (competência técnica). Essa perspectiva exige uma formação integral do profissional de História, isto é, a não externalização e subordinação de fatores determinantes do processo cognitivo da história. A competência para realizar a reflexão sobre as regras e os princípios da cientificidade do saber histórico, inclui a formação sobre os diversos fatores dos procedimentos adotados pela pesquisa e com os tipos de saber por ela produzido: (i) a geração de problemas históricos a partir das carências de orientação da vida prática; (ii) a relação da formatação historiográfica ao público; (iii) as funções de orientação prática do saber histórico (RÜSEN, 2007, p. 90).

A formação em licenciatura pressupõe que os saberes relacionados à produção de conhecimento histórico e à consequente conformação da historiografia constituem a formação de todos aqueles que operam a memória a partir da História.  Desta forma, o percurso curricular do curso deverá orientar-se pelos princípios da pesquisa como estratégia educativa e da formação para o entendimento das questões amazônicas, de modo a formar profissionais engajados em seus processos de auto(trans)formação, da produção acadêmica para a transformação da realidade e da constituição e reforço das identidades e capacidades propositiva, investigativa e criativa (UFPA, 2005). Desta forma, considera-se que essa formação teórica, técnica e político-social deverá pautar-se pela ampliação das formas de atuação do egresso, especialmente nas capacidades de intervir e promover processos de aprendizados históricos e de formação de consciência histórica que oriente o agir dos grupos sociais no contexto dos conflitos e da diversidade social, cultural e ecológica que caracteriza a região.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

O curso de Licenciatura em História assume os como princípios pedagógico-metodológicos: (i) a vinculação teoria e prática, conhecimento historiográfico e saber histórico escolar; (ii) a pluralidade de tempos-espaços-relações formativas, chamando a atenção para o conjunto dos tempos e espaços, vivencias e práticas sociais em que se constituem os sujeitos educativos; (iii) a pesquisa como estratégia educativa e sua articulação com a prática curricular continuada; (iv) a flexibilidade curricular, considerando a participação dos próprios educandos no currículo; (v) a indissociabilidade entre as atividades de ensino, pesquisa e extensão; (vi) o aprendizado e uso de múltiplas linguagens articuladas a produção educacional.

A metodologia de ensino privilegiará a formação do intelectual autônoma, criativa e empreendedora. Nesse sentido, trabalhar-se-á com o objetivo de desenvolver o gosto pelo debate acadêmico, o respeito à crítica e a compreensão de que esta última é parte do fazer científico. Para tanto, os docentes encaminharão, além das aulas expositivas, necessárias ao desenvolvimento do tempo de explicação, estratégias que exijam de si mesmos e dos discentes o exercício da crítica historiográfica, o confronto de perspectivas e a crítica às bases teóricas e metodológicas que as informam. No que concerne às disciplinas de natureza prática, a metodologia de ensino privilegiará o exercício de competências e habilidades necessárias à vivência profissional, proporcionando aos discentes as situações necessárias para o seu desenvolvimento.

 

ORGANIZAÇÃO CURRICULAR DO CURSO

Estrutura do Curso

O Curso de História da Unifesspa toma como referência principal o Projeto Pedagógico do Curso de Licenciatura em História da UFPA. Nessa universidade, o curso tem uma longa tradição tendo sido criado pelo Decreto Federal n.º 35456 de 04/05/1954, na antiga Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras do Pará, depois incorporada à Universidade Federal do Pará. O curso obteve Conceito 5/4 no ENADE 2008. Além dos cursos de graduação (bacharelado e licenciatura), o Curso de História da UFPA/Belém mantém, desde 2003, o curso de pós-graduação stricto senso – o Programa de Pós-Graduação em História Social da Amazônia. Em 2010 aprovou o primeiro curso de Doutoramento em História da Amazônia Brasileira.

O Curso de História da Unifesspa está amparado na legislação vigente: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (no 9394, de 20/12/1996); Resolução CNE/CES nº 13, de 13/03/2002, que estabelece as Diretrizes Curriculares para os cursos de História; Resolução CNE/CP 2/2002 que estabelece a duração e a carga horária dos cursos de licenciatura; Resolução CNE/CP/2002 que institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica; Portaria MEC nº 403, de 01/04/2010 que trata dos Referenciais Curriculares Nacionais dos Cursos de Bacharelado e Licenciatura; Lei 10.639/2003 e Lei 11.645/2008; Resolução CNE/CP nº  1/2004 que institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana; Decreto Presidencial nº 5.626/2005 que regulamenta a inclusão de Libras como disciplina curricular; Lei nº 9.795 de 27/04/1999 que institui a Política Nacional de Educação Ambiental; Resolução CONSEPE nº 3.3.186/2004 que Institui Diretrizes Curriculares para os Cursos de Graduação da UFPA; Resolução CONSEPE nº 4.399/2013 que Aprova o Regulamento do Ensino de Graduação no âmbito da UFPA.

A organização curricular formulada para a Licenciatura busca conformar o perfil do egresso em acordo com duas ordens de fatores: em primeiro lugar, evidentemente, as diretrizes curriculares para a formação de professores; em segundo lugar, a compreensão compartilhada pelo corpo docente do curso, segundo a qual a formação do professor não exclui a pesquisa e a perspectiva de construção do conhecimento. Da mesma forma, a organização projetada propõe uma ampla discussão sobre o ofício do professor, tanto por meio da discussão teórica e científica sobre o fazer docente quanto pela prática pedagógica e pela vivência no ambiente escolar.

O Curso de História é composto por dois núcleos: o Núcleo de Formação Histórica e Historiográfica e o Núcleo de Formação Docente. O total da carga horária do Curso de Licenciatura em História, incluídas as atividades científico-culturais, é de 3.200 horas/aulas, subdivididas em oito semestres.

O Núcleo de Formação Histórica e Historiográfica tem uma carga horária total de 1564 horas. O Núcleo de Formação Histórica e Historiográfica é formado por cinco nucleações: 1) Teoria e Metodologia da História, 2) História Geral, 3) História Americana, 4) História do Brasil e 5) História da Amazônia. As nucleações distribuem-se ao longo do percurso curricular ao par e ao passo das disciplinas do Núcleo de Formação Docente.

1. Teoria e Metodologia da História – seis disciplinas: Introdução aos Estudos Históricos; Historiografia e Teoria da História; Teoria e Metodologia da História, Historiografia Brasileira; Teoria e História Cultural, Optativa I.

2. História Geral – oito disciplinas: Formação das Sociedades Mediterrâneas e Orientais na Antiguidade; Relações de poder e trabalho no mundo medieval; História das Sociedades Africanas; tempos Modernos; Tempos Contemporâneos I;  Tempos Contemporâneos II; História da Ásia Contemporânea;  África Colonial e Pós-colonial.

3) História das Americas – quatro disciplinas: Sociedades Autóctones das Américas; Conquista e Colonização das Américas; Independências e Formação dos Estados Nacionais nas Américas; Temas contemporâneos de História das Américas.

4) História do Brasil – quatro disciplinas: História da América Portuguesa; Formação do Estado-Nação no Brasil; História e Cultura Afro-brasileira; História do Brasil Contemporâneo.

5) História da Amazônia – cinco disciplinas: História do Sul e Sudeste do Pará; História Social e Econômica da Amazônia; História Indígena e do Indigenismo na Amazônia; História cultura e meio ambiente, Optativa II.

O Núcleo de Formação Docente tem uma carga horária total de 1.312 horas. O Núcleo de Formação Docente está organizado em quatro nucleações: 1) Formação Básica da Licenciatura; 2) Prática Curricular Continuada; 3) Estágio Supervisionado; e, 4) Metodologia e Pesquisa em História e em Ensino de História. A primeira tratará da formação teórica do professor, com disciplinas que abordem os princípios filosóficos, éticos e técnicos do fazer docente.

A segunda viabilizará a experiência controlada dos futuros professores com o ambiente escolar e suas particularidades, de forma a garantir a experiência mínima necessária ao exercício da docência. As atividades dessa última nucleação serão desenvolvidas, conforme determina a legislação correspondente, desde o início do curso.

A terceira nucleação volta-se para a prática aplicada sob supervisão, com vistas à consolidação de competências e habilidades apreendidas ao longo da formação e o desenvolvimento de outras só possíveis de serem aprimoradas a partir da prática. A última nucleação consistirá nas atividades que culminarão no trabalho de conclusão de curso, o qual deverá dar conta de temática voltada para as questões do Ensino. As nucleações distribuem-se ao longo do percurso curricular ao par e ao passo das disciplinas do Núcleo de Formação Histórica e Historiográfica.

1. Formação Básica da Licenciatura – cinco disciplinas: Didática e Educação Histórica; História da Educação no Brasil; Fundamnetos da Educação Especial; Libras; Psicologia da Educação e da Aprendizagem

2. Prática Curricular Continuada (PCC) – sete disciplinas: Estratégias de Ensino de História Local e Regional; História e Ensino: linguagens, literatura, oralidades e mídias; Ensino de História: Patrimônio Material e Imaterial; História e Ensino: texto didático, produção e uso; Ensino de História no Ensino Fundamental, Médio e EJA; História e Ensino: História e gênero; História e Ensino: Ensino de História para as Relações Étnico-Raciais

3. Estágio Supervisionado – quatro disciplinas: Estágio Supervisionado I; Estágio Supervisionado II; Estágio Supervisionado III e Estágio Supervisionado IV

4. Metodologia e Pesquisa em História e em Ensino de História – quatro disciplinas:  Metodologia de Projeto de Pesquisa; Seminário de pesquisa em História; Monografia I e Monografia II

 

Trabalho de Conclusão de Curso

O trabalho de conclusão de curso consistirá na aplicação prática das competências e habilidades adquiridas ao longo do curso revertidas para a produção de conhecimento de caráter histórico.

O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) é uma atividade curricular obrigatória (Resolução Nº 4.399, de 14/05/2013 – CONSEPE/UFPA) e será executado sob a forma de Monografia de Iniciação Científica. O trabalho de conclusão de curso será desenvolvido no âmbito das disciplinas Monografia I e Monografia II, ofertadas, respectivamente, no sétimo e oitavo semestre, integralizando uma carga horária de 128 horas. O trabalho de conclusão de curso será realizado individualmente e será assistido por um professor orientador.

O Trabalho de Conclusão de Curso será defendido em sessão pública, perante Banca Examinadora constituída de, no mínimo, dois membros titulares, sendo um deles, obrigatoriamente, o orientador, que presidirá a sessão, conforme Resolução supracitada.

Estágio Supervisionado

O estágio supervisionado de formação profissional compreenderá 428 (quatrocentas e vinte e oito) horas e será desenvolvido a partir do 5º semestre, de acordo com as ementas e a legislação em vigor. O objetivo geral do estágio supervisionado é garantir a aprendizagem significativa dos conteúdos da formação educativa (docente e profissionais da educação), vinculada à prática pedagógica problematizada, teorizada e transformada a partir das intervenções do estagiário. Os objetivos específicos são:

• promover situações de observação ao licenciado e reflexão sobre a prática pedagógica para compreender e atuar em situações contextualizadas.

• criar situações de aprendizagem para a construção de competências nas relações humanas e ensino (saber fazer) a partir do envolvimento direto com a prática e do estudo paralelo dos referenciais teórico-metodológicos que norteiam a prática educativa.

• possibilitar ao licenciado sua intervenção na prática, reorganizando as atividades pedagógicas, a partir da problematização, tematização e reelaboração de seus conhecimentos.

• habilitar o aluno a relacionar teoria e prática, problematizando, analisando e teorizando-a para desenvolver o campo teórico-investigativo da educação.

A Faculdade de História credenciará em até 200 horas as atividades de estágios, conforme estabelece Resolução CNE/CP 2, DE 19 de fevereiro de 2002, desde que os alunos exerçam atividade docente regular na Educação Básica e elaborem relatórios técnicos e/ou artigo cientifico sobre a experiência no campo de estágio, ficando a cargo de uma comissão de três professores de acompanharem e avaliarem o desempenho do discente. Os alunos que comprovarem experiência como professores de História, em qualquer dos níveis de Ensino, por pelo menos dois anos, poderão credenciar 200 horas de Estágio, ficando a cargo de uma comissão de três professores de acompanhar e avaliar as competências e habilidades como docente da área de História.

Prática Pedagógica

A Prática Pedagógica do Curso de Licenciatura ocorrerá desde o primeiro ano do curso e será finalizada no quarto ano do percurso curricular. A Prática Curricular Continuada viabilizará a experiência controlada dos futuros professores com o ambiente escolar e suas particularidades, de forma a garantir a experiência mínima necessária ao exercício da docência.

Nas sete disciplinas de Prática Curricular Continuada (Estratégias de Ensino de História Local e Regional; História e Ensino: linguagens, literatura, oralidades e mídias; Ensino de História: Patrimônio Material e Imaterial; História e Ensino: texto didático, produção e uso; Ensino de História no Ensino Fundamental, Médio e EJA; História e Ensino: História e gênero; História e Ensino: Ensino de História para as Relações Étnico-Raciais) são contempladas 428 horas atendendo , deste modo, ao artigo 1º da Resolução CNE/CP 2, DE 19 de fevereiro de 2002.

Os saberes necessários à formação autônoma dos futuros docentes não se restringem ao Estágio Supervisionado, obrigatório ou não. Eles perpassam pelas disciplinas específicas e de formação geral. As atividades de prática de ensino serão desenvolvidas no interior das disciplinas de conteúdos histórico/historiográficos permitindo uma articulação prática e teórica e uma reflexão sobre como esses conteúdos seriam trabalhados no ensino, garantindo que a perspectiva da docência esteja presente durante todo o curso. Da mesma forma, a prática de pesquisa também será trabalhada no interior das disciplinas de conteúdos histórico/historiográficos e nas disciplinas específicas de pesquisa, permitindo a efetivação do processo de formação profissional da História. Todavia, é no Estágio Supervisionado que os alunos confrontarão os conteúdos, técnicas, abordagens e metodologias apreendidas durante o curso com os saberes produzidos no espaço próprio do exercício da sua profissão.

Atividades Complementares

As atividades acadêmicas, científicas e ou culturais, as quais perfarão o total de 324 horas (trezentos e vinte e quatro), constituir-se-ão de ações que articulem saber acadêmico e experiência profissional poderão ser consideradas: participação em eventos, estágios voluntários, minicursos, publicação de artigos, disciplinas optativas, dentre outras. Tais atividades, as quais deverão cumprir-se ao longo do percurso curricular e compreendem uma ampla gama de ações possíveis, as quais serão reguladas pelos professores da Faculdade de História. A consideração de tais atividades para fins de integralização curricular dependerá, necessariamente, da participação efetiva e ativa nas atividades eleitas.

Articulação do Ensino com a Pesquisa e a Extensão

As atividades curriculares conjugam a formação teórica e prática para a pesquisa. Essa conjugação, comum a grande parte das atividades curriculares, garante a articulação ensino, pesquisa e extensão, uma vez que os procedimentos realizados no âmbito das atividades compreendem a formação dos egressos para a produção e para a divulgação de conhecimento. As atividades curriculares articulam ambas as dimensões da atuação universitária, pois consideram que produção e divulgação são duas faces do fazer da ciência, instâncias necessárias da produção de conhecimento.

Política de Pesquisa

São quatro as linhas do Curso de História, a saber:

- Relações de poder, Conflitos e Movimentos Sociais

- Trabalho, Migração, Natureza e Meio Ambiente

- Saberes, Memórias e Narrativas

- Educação Histórica e Linguagens          

Política de Extensão

As atividades de extensão perpassam todas as atividades curriculares, relacionadas que estão à carga horária prática. A Faculdade de História esclarece que a carga horária pratica, destinada às atividades de extensão, não inclui a carga horária destinada ao estágio. Não obstante, os projetos de extensão formulados pelos docentes do Curso de História estarão, sempre e obrigatoriamente, vinculados ao Projeto Pedagógico, constituindo, inclusive, carga horária para integralização curricular, nas disciplinas dos núcleos de Formação Histórica e Historiográfica e de Formação Docente. Neste último, será destinada 30% da carga horária de Prática Curricular Continuada para atividades de extensão.

A política de extensão procura articular os interesses e demandas da sociedade com a produção de pesquisa e ensino da Faculdade de História, concretizando-se em ações tais como: discussão e produção de material didático voltado para a comunidade extramuros, em particular para as escolas da rede pública de ensino; promoção de eventos dirigidos à comunidade extramuros, com o propósito de aproximar e sensibilizar a sociedade da importância da história na prática e no saber cotidiano.

A carga horária destinada às atividades de extensão perfaz o total de 10% da carga horária total do Curso proposto, constituindo 324 horas, e devendo ser objeto de comprovação para integralização curricular. A Faculdade de História deverá elaborar normatização específica detalhando essa política ao longo do percurso formativo e na integralização curricular do Curso.

 

POLITICA DE INCLUSÃO SOCIAL

O Curso de História se beneficiária da infraestrutura e dos recursos disponíveis para atendimento de portadores de necessidades especiais existentes no Campus de Marabá da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará. O Campus Universitário de Marabá tem construído uma política de acessibilidade, como construção de rampas com corrimão, elevadores para cegos e portadores de necessidades. Também poderá articular intercâmbio com o Núcleo de Educação Especial - NEES, vinculado a Faculdade de Ciências da Educação do Instituto de Ciências Humanas, que tem desenvolvido ações de ensino, pequisa e extensão nesta temática. Além disso, também deverá ser demandado da UNIFESSPA a criação de estrutura institucionalizada de apoio a política de inclusão, incluindo infraestrutura para produção de recursos didático-pedagógicos.

Da mesma forma, conforme prevê o Art. 112 do Regulamento da Graduação (Resolução n. 4.399/2013), o curso promoverá, na medida de suas possibilidades, o “atendimento de discentes portadores de necessidades especiais, como:

I - recursos didático-pedagógicos;

II - acesso às dependências das unidades e subunidades acadêmicas;

III - pessoal docente e técnico capacitado;

IV - oferta de cursos que possam contribuir para o aperfeiçoamento das ações didático-pedagógicas”.

Planejamento do Trabalho Docente

O planejamento docente deverá assumir o princípio do diálogo, da ética e do trabalho cooperativo, visando assegurar os princípios pedagógico-metodológicos do curso e a reflexão sobre a própria prática docente universitária. O planejamento das atividades curriculares ocorrerá com a antecedência necessária à maturação das discussões e debates acadêmicos em curso. O planejamento será semestral, ocorrendo sempre no início do semestre anterior a sua execução, e conforme estabelecido no Art. 89 da Resolução CONSEPE n. 4.399/2013. O Conselho da Faculdade de História deliberará sobre o planejamento apresentado pelo seu diretor, o qual consistirá na definição dos objetivos das atividades curriculares previstas pelo atual Projeto Político Pedagógico, na indicação das formas de avaliação do desempenho dos alunos e no estabelecimento de critérios de avaliação do semestre. A seguir, os programas das atividades serão elaborados pelos professores responsáveis para que, depois, retornem ao colegiado para discussão, ajustes e deliberações.

 

SISTEMA DE AVALIAÇÃO 

Avaliação da Aprendizagem

A avaliação no curso assumirá a perspectiva de ser processual, investigativa, sistemática e contínua, visando possibilitar aos sujeitos participantes a retomada de objetivos propostos e o redimensionamento das estratégias de ensino-aprendizagem.

A avaliação do desempenho dos alunos se dará de modo a se verificar a aquisição das competências e habilidades a serem desenvolvidas, mediante as disciplinas a ela relacionadas. Conforme determinam o parágrafo 1º do Art. 96 da Resolução CONSEPE n. 4.399/2013 (Regulamento do Ensino de Graduação da UFPA), os professores farão a proposição dos instrumentos de avaliação em reunião específica para esse fim, em conformidade com as competências e habilidades associadas à disciplina, segundo o que determina o presente Projeto Político Pedagógico. Para fins da avaliação da aprendizagem também deverá ser considerado o que estabelece o parágrafo 2º do Art. 96 da resolução supracitada sobre o controle da frequência, bem como o Art. 97 sobre os procedimentos do docente na relação com a turma e do registro das avaliações.

Ressalta-se que a avaliação da aprendizagem dos discentes construídas durante o curso deverá considerar a articulações das atividades curriculares de ensino, pesquisa e extensão, e poderá ser constituída de instrumentos diversos, tais como diário de classe, produção individual e coletiva, ficha de auto-avaliação dos discentes, ficha de parecer individual, plenária de auto-avaliação, etc.

Avaliação Docente

A avaliação da ação docente é assumida aqui em sua perspectiva formativa, como procedimento de qualificação docente e como estratégia que visa estimular os educadores em um exercício de reflexão metacognitiva e de práxis pedagógica, tendo como horizonte a melhoria do ensino e a reorientação da proposta de formação do curso, quando necessário. Propõem-se como estratégias de avaliação docente: a avaliação da turma sobre o desempenho docente; a auto-avaliação docente; e a avaliação dos pares.

Além disso, a avaliação do desempenho dos professores (considerando-se assiduidade, pontualidade, empenho, respeito às diretrizes do Projeto Político Pedagógico e demais questões relativas) se dará por meio de instrumento formulado pela Coordenadoria de Avaliação e Currículo, aplicado aos cursos de graduação da Universidade Federal do Pará.

Avaliação do Projeto Pedagógico

Caberá ao Conselho da Faculdade instituir uma comissão interna para avaliação e acompanhamento do Projeto Pedagógico do Curso, em observância a Resolução Nº 01 de 17/06/2010 da Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior.

A avaliação do Projeto Político Pedagógico deverá proporcionar a participação da comunidade universitária do curso (docentes, discentes e técnico-administrativos) e poderá ser realizada através de instrumentos de Programa próprio criado pela Universidade para Avaliação e Acompanhamento do Ensino de Graduação.

Ressalta-se a importância da avaliação coletiva e da reflexão contínua sobre o projeto pedagógico e o processo em desenvolvimento, para que, tomando a proposta inicial como referencia, o currículo possa ser pensado e repensado no sentido do constante planejamento do percurso formativo de modo a garantir a melhoria das condições de ensino-aprendizagem. São propostos os seguintes meios-instrumentos de avaliação:

Plenárias de Avaliação, em que os discentes, docentes e técnicos do curso possam manifestar a avaliação sobre o processo educativo e encaminhar propostas para o planejamento integrado e reorientação do percurso formativo quando necessário;

Reuniões do NDE – Núcleo Docente Estruturante do curso, em que os educadores coletivamente possam avaliar o processo, considerando a avaliação geral e organizando as propostas para o processo de planejamento integrado e reorientação do percurso formativo, quando necessário;

Sistematização e Produção de Relatórios Pedagógicos pelo NDE, garantindo periodicamente o registro das atividades e análise e reflexão sobre o processo desenvolvido a cada período.

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